A realidade é que o mundo (e não seria diferente com a Europa) ganhou a visita e até estadia permanente de muitos brasileiros, facilitando assim encontrar ingredientes e produtos tipicamente brasileiros em lojas especializadas.
Na abstinência por um churrasquinho, eis que surgiu a nós a oportunidade. Certo dia descemos até a garagem do prédio para jogar os sacos de lixo, quando nos deparamos com uma churrasqueira pequenina nos encarando. Usada, mas intacta, ela estava largada ao lado dos grandes conteiners destinados para o lixo, o que indicava que o caminhão de lixo a levaria junto. Demos risada nos indagando quem jogaria uma churrasqueira perfeita.
Não deu outra. Depois de uns dias a vendo na garagem encarando a cada um que descia com o lixo, os meninos a trouxeram para o apartamento. Apesar das gargalhadas, surpresa não foi, já que até mesmo antes de nos mudarmos para cá, já "resgatamos" 2 criados-mudos (bidês para os gaúchos), 1 gaveteiro meio capenga (que o Jonas consertou) e 2 latas médias de lixo faltando só a tampa. Podemos afirmar que jamais faríamos isso no Brasil, mas aqui não é o Brasil.
Passaram mais de 2 semanas que ela ficou encostada no canto do corredor. Saíamos do banheiro e ela nos encarava. Saíamos do quarto e ela nos escarava. Saíamos da sala e ela nos encarava. Até ao entrar no apartamento ela nos encarava. Estava na hora de tomar uma atitude.
Certo dia, conversa vai, conversa vem, e o casal de mineiros Elis e Léo topam fazer um churrasco na área comum ao céu aberto aqui do prédio, que dá vista de nossos quartos. Ingredientes comprados: farofa, arroz, feijão, 2 peças de picanha, linguiça, entre outros detalhes. Neste dia teve arroz, feijão, salada de maionese, farofa com linguiça e ovos picados e um pouquinho de absinto para os corajosos.
Gostamos de nos divertir, mas discretamente. O que significa uma música baixinha e conversa em tom aceitável para o ouvido dos vizinhos. Entre uma conversa e outra, lembramos que o churrasco era feito justo na época que era comemorado a Festa Junina no Brasil. Conclusão: com um lápis de olhos preto, todos viraram caipiras. A Elis mostrou sua veia artística e todos ganharam desenhos entre sardas e bigodes em nosso churrasco Junino.
O mais engraçado é como tudo terminou. Não propriamente o churrasco, mas o decorrer dos finais de semana. A partir daquele dia (pois fomos pioneiros em armar a churrasqueria na área), outros brasileiros do prédio "descobriram" que não havia problema de fazê-lo eles também. Durante cerca de 3 a 4 finais de semana seguintes houve churrascada. Alguns um pouco mais barulhentos que nós, outros barulhentos até demais (de chegar a incomodar, virar falta de respeito e de trazer mais umas 20 pessoas de fora para ajudar a gritar até a noite). E logicamente que descobrirmos que não éramos os únicos com churrasqueirinha escondida no apartamento.
Demorei para fazer um post sobre isso, pois não pretendia inicialmente fazê-lo. Mas depois de ver tantos brasileiros compartilharem o sentimento de saudade da comida brasileira, é de fato um ótimo tema para balançar corações (e estômagos)!
Hahahahahaha.
ResponderExcluirMoral ficou uma 'gracinha'...
com o bigodinho e essa 'monocelha' hahaha.
Só faltou produzirem uma 'quadrilha junina'.. =D
Parabéns pelo blog.
Dexa de tua onda Bruninho!!
ResponderExcluirAUHauhuaha é o clima de festa junina até na Europa hehehe..
Flw
Roberto M.
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