segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dia da Viagem


15:30 - Ida ao Aeroporto de Guarulhos
                Malas feitas, documentação em ordem, calor insuportável de São Paulo e chuva de granizo para deixar a ida ao aeroporto mais interessante.

16:30 – No Aeroporto
                Colocar nomes e endereços na mala, localizar a área de check-in da companhia aérea, fazer check-in no quiosque, perguntar no guichê por que não deu para fazer o check-in no quiosque, resolver o problema do check-in com a atendente, fazer o verdadeiro check-in, pegar os tickets de viagem, franzir a testa e esperar.

19:50 – Despedida
                Primeiro encontro carne e osso entre amigos, um pouco de chororô, beijos, abraços, votos de sorte e conselhos de pai e mãe. Fila para passar pelo detector de metais, tirar tudo que é metal (anel não, mas botas de salto sim), fila para passar pela polícia federal, bisbilhotar o Duty Free (produtos livres de imposto), fila para embarcar, destacar a passagem, entrar no avião, procurar o assento e descobrir que a experiência com o inglês começaria dentro do próprio avião da companhia KLM.

21:10 – Partida
                Teoricamente o horário de decolagem. Teoricamente somente.

21:45 – A Partida na Prática
                Uma rézinha como a dada quando estamos em um passeio de carro, todos os procedimentos passados em uma tela de LCD em frente de cada assento, o avião acelera, trepida um pouquinho, sai do chão, o Diego sua, seu coração dispara e ele aperta meus dedos quase esmagando-os de tanto medo, o trem de pouso é recolhido e começamos a “flutuar”sobre São Paulo.
                A milhares de metros de altura, a temperatura fora do avião (obviamente) é de -50 graus celcius, tudo escuro lá fora, negro como as noites de cidades do interior salpicado de estrelas de uma forma só vista de dentro de um avião. A tela de LCD nos oferece diversas opções, ver informações sobre o trajeto (tempo, temperatura, distância, altura e até mapinha animado), filmes (desde os lançamentos do tipo Salt até clássicos e animações), documentários diversos, seriados, músicas de diversos estilos, consertos, jogos entre outros.
                O jantar é servido: “- Chicken or Pasta?” pergunta o simpático comissário. Estômago cheio, conversar, bisbilhotar pela janela, fuçar nas opções do LCD, começar e parar de assistir Wallstreet 2, tentar dormir.

03:00 – Sorvete
                Sim, a esse horário foi dado aos passageiros um potinho de sorvete e um de água. E quando digo “potinho de água”, é porque é exatamente isso (tipo aqueles de Danete) só que transparente e com uma tampinha de alumínio tipo de copo d’água. Fechado parece uma gelatina transparente. Parece tanto que o Diego abriu, cheirou, franziu a testa e deu uma colherada como se fosse comer um iogurte. Logo em seguida ele torceu os lábios e declarou: “É água!”

04:00 – Passando o Tempo
                Cada um passa o tempo como pode, ou como consegue. A mocinha que estava no assento do lado do corredor começava a assistir um filme, mas nunca terminava de ver pois caía no sono. O Diego na janela tentava se ajeitar como podia para encontrar uma posição para dormir (ou tentar pelo menos). Dormiu com os fones de ouvido escutando U2 e vendo o céu mesclado em 3 cores (Azul, vermelho e amarelo) quando passávamos ao lado do Sahaara.  Eu no assento do meio já tinha perdido o sono a essa altura, pois tinha conseguido dormir um pouco antes do sorvete.  
                Para passar o tempo: escutar música, assistir Toy Story 3, escutar mais música e tentar dormir (ao som de dance, rock, umas 2 músicas de reggae e Lady Gaga logicamente, ela é pop até nos ares).

09:00 – Café da Manhã
                Quando se está sentada em um avião em uma viajem de 12 horas, cruzando o oceano para um país com fuso horário diferente, não se sabe ao certo o horário, mas meu relógio marcava por volta de 09:00. O mesmo simpático, loiríssimo e alvíssimo comissário passou com o café da manhã. Para ser franca, era bem gostoso. Dessa vez o Diego não deu colherada na água.

12:00 – Amsterdam
                O avião começa a descer e mergulha no que do alto parecia um grande tapete de nuvens. O Diego termina de esmagar os meus dedos e pousamos em Amterdam, onde faríamos escala.
                Descer do avião, começar a sentir frio, ir ao banheiro, passar novamente por um detector de metais (tirar as botas novamente), esperar o avião até Dublin sair, embarcar, ter os dedos da outra mão esmagados e voar para nosso destino final.

14:00 – Dublin
                Desembarcar, sentir frio, entrar na fila da imigração, ser os últimos da fila e por isso o oficial ficar tanto tempo com cada um dos dois. O aeroporto vazio (vazio mesmo, sem ninguém, nem mesmo guardas por perto), como aqueles filmes em que o mocinho acorda em um lugar que deveria ser super movimentado mas ele descobre que é o único sobrevivente de um vírus mortal que transforma pessoas em canibais ou vampiros (assista A última esperança da Terra, Eu sou a Lenda ou Madrugada dos Mortos).
                Tanto tempo com o oficial da imigração nos fez pensar: “Será que o nosso transfer (pessoa que vem te buscar no aeroporto) foi embora?”.  A preocupação bateu e o Diego falou para eu esperar com as 4 malas e saiu para procurar o nosso transfer. O tempo passou e ele não voltava, hesitei em ir atrás se não tivesse 4 malas comigo. Dois guardas vieram até mim e perguntaram se eu precisava de ajuda. Expliquei a situação e prontamente eles me ajudaram a levar as malas e encontrar o Diego. Ele não veio me buscar porque ele cruzou uma porta automática que não dava para voltar. Um guarda o ajudou pedindo que os mesmos 2 guardas que me ajudaram fossem me buscar. E como se não bastasse, ligou do seu celular pessoal para o nosso tranfer vir nos buscar (ele estava no portão errado, por isso sempre ande com os seus contatos anotados). Irlandês simpatissíssimo, bateu um papo conosco e revelou que sua namorada é brasileira, de Santos.
                Na hora de entrar no carro o Diego quase entrou no lado do motorista (aqui é na direita), tentamos conversar um pouco com o nosso transfer, olhamos a paisagem estranha e finalmente chegamos à nossa Hostfamily. Agora essa é uma outra história.

Era uma Vez Dublin


                 Muito foi discutido entre nós (Vanessa e Diego) sobre se este blog vingaria. E de fato vingou! O "Era Uma Vez Dublin" juntamente com sua ovelha mascote, contam através de fotos e relatos nossos e de outros intercambistas, o que é ficar 365 dias na simpática Irlanda!

                Desminta (e confirme) mitos, conheça mais do que só Dublin, U2, trevos e batatas, entenda como funcionam as coisas e sinta-se seguro de pular de cabeça em uma experiência de intercâmbio!

                Explore o "Dicas de Viagem" e anote as dicas para não pisar em ovos antes, durante e depois do intercâmbio. Quais documentos? Quantas malas? Casa? Apartamento? Contas?

               Acompanhe o "Batendo Pernas" e veja os lugares que você pode ir dentro e fora do país.

               Você já se perguntou "Por que..." dos trevos serem tão populares na Irlanda? Descubra a resposta.

              O "A Minuta" é dedicado especialmente para aqueles que não tem prática na cozinha, com receitas simples que podem ser preparadas com o que se encontra nos mercados irlandeses, já que mamãe e vovó geralmente não estão inclusas na viagem.

              E o meu predileto é o "Cenas", que reúne fotografias tiradas em nossa estadia como nossos olhos veem.

              Acompanhe-nos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença... até que o dia de voltar nos separe!
              Seja bem Vindo! Era Uma Vez Dublin.