E assim como aparecem, alguns se vão deixando as mesmas marcas, primeira e últimas impressões. E essa gaúcha da risada mais engraçada é exemplo disso.
Bianca, mais conhecida simplismente como Bia, é daquelas que são como um grande ventaval, fervilhante de pensamentos, de emoções voláteis e indomáveis e com uma personalidade e estilo tão únicos que a torna irreverente, mesmo quando aos olhos dos mais próximos, ela seja emocionalmente como um pássaro dobrado delicadamente em papel.
E como um grande paradoxo do universo das artes, a Bia era uma apaixonada pelas entrelinhas da vida. Os versos saídos de livros e músicas eram parte de seu repertório diário, e sua alma sensível, naturalmente emaranhada com as belíssimas fotografias em ar retrô, que só ela para tirar sem ajuda de ninguém. Era uma traça de livros, daquelas em que a livraria é um nirvana sem regras.
"Faladeira", extrovertida e ao ponto de acharmos que era uma personagem da literatura de histórias de nômades que viajam o mundo à busca de um sentido para a vida, tamanhos apuros que essa "guria" passou em suas andanças. Mas também pelos mesmo motivos, ela fez colegas e amigos por onde passava. O mundo não é grande ou selvagem o bastante para essa moça do interior.
E não poderíamos deixar de mencionar tamanha evolução no seu aprendizado da língua inglesa. Chegou ao país com um punhado de palavras e frases em inglês básico e alguns meses depois, seu inglês deu um grande salto. A pessoa que melhor foi exemplo de aprendizado através da conversa no dia-a-dia.
E dela ficam as lembranças de que um dia houve uma vegetariana em casa, que funcho é erva doce para nós e que há na despensa um saco de erva mate e uma cuia.
Como diria o avó dela: "Foi bom lá nas Inglaterra?"